sábado, 30 de novembro de 2013

Episódio 20: DAR LIMITES

Criar um filho exige trabalho, tempo, disposição, dedicação, paciência e ensinamentos.
Quando escuto a expressão: Ser pai é padecer no paraíso; hoje entendo. Não existe no mundo coisa melhor do que ver seu filho crescer, do que ser pai e mãe, do que entender o que é ter seu coração fora do corpo.

Mas, como tudo, tem o lado difícil e trabalhoso. Dar limites não é nada fácil... nada mesmo. Eu não sei os outros, mas aqui em casa dar limite é fundamental, mas nem sempre dá certo... e aí se explica o “padecer”. Nossa, como é trabalhoso.

Acredito piamente que crianças precisam de limites para serem felizes. Criança que pode tudo, se frusta lá na frete, na vida... e tenho certeza que de maneira muito mais dolorida.

Criança precisa entender que existem outras pessoas no mundo e que, por isso, precisam e devem dividir. Devem respeitar o limite do outro. Entender que o direito deles acabam onde começa o direito do outro.
Eles precisam entender que o mundo (infelizmente) não gira em torno deles e o que o centro do universo passa longe de ser o umbigo deles... Eles precisam se frustrar e aprender a tolerar frustrações.

Precisam compreender que muitas coisas podem ser feitas e outras não. Que existem regras e que devem ser cumpridas. Que devem respeitar os mais velhos. Que devem ajudar o próximo sempre que possível.

Eles precisam crescer sabendo o que é necessidade e o que é desejo. Desejo a gente satisfaz quando dá e necessidade precisa sempre ser sanada. Precisam ter privacidade mas, que para isso, precisam se respeitar para ser respeitado.

Lendo isso percebo o quão é importante o nosso exemplo. Não podemos cobrar se não fazemos. Se não mostramos.
Nenhum ensinamento é melhor do que o exemplo. Dar limites não é uma questão de opção (apesar de alguns acreditarem nisso).


Dar limites é dar amor. 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Episódio 19: TUDO POR UMA NOITE DE SONO...

Por que será que toda mãe tem aquela olheira profunda??
Será porque uma noite de sono é uma noite premiada? Única? Inédita?

Sim. Sim. Sim.
Minhas olheiras estão cada vez mais profunda. Aqui, como são três, im-pos-sível dormir uma noite inteira, ou 8 horas seguidas.
Quando a bebê resolver chorar de fome, lá vamos nós fazer a mamadeira, dar a mamadeira e coloca-la novamente para dormir.

Quando ela dorme, o mais velho resolve que é hora de sentir medo. E que, pra passar, precisa da mãe ou do pai na cama dele. E lá vamos nós caçar monstros e espantar o medo.

Quando ele resolve dormir e vencer o medo, a bebê acorda novamente. Dessa vez, não de fome, mas porque resolveu tossir tanto que perdeu a chupeta. E lá vamos nós colocar a chupeta na criança.

Enfim, quando me deito e me cubro, o do meio resolve que é hora de fazer xixi e, que pra isso, precisa anunciar aos quatro ventos: PRECISO FAZER XIXI!!
Então lá vamos nós acompanhar ou simplesmente mostrar pra ele que estamos felizes que ele acordou pra fazer xixi.
E começamos novamente... tentar dormir. Dormir...

Passa 40 minutos, a bebê resolve que já está com fome novamente. Quer mamar no peito, mama em um, mama no outro e dorme. Quando colocamos novamente no berço ela resolve que não quer deitar naquela hora e chora... chora... chora...

E lá vamos nós acalmar a criança que chora...

E começamos novamente a batalha por uma noite inteira de sono. Batalha vencida... pelo sono...
E lá vamos nós começar mais um dia, onde não se dorme a tarde e nem se tem tempo para descansar...


zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz