Criar um filho exige trabalho, tempo,
disposição, dedicação, paciência e ensinamentos.
Quando escuto a expressão: Ser pai é
padecer no paraíso; hoje entendo. Não existe no mundo coisa melhor do que ver
seu filho crescer, do que ser pai e mãe, do que entender o que é ter seu
coração fora do corpo.
Mas, como tudo, tem o lado difícil e
trabalhoso. Dar limites não é nada fácil... nada mesmo. Eu não sei os outros,
mas aqui em casa dar limite é fundamental, mas nem sempre dá certo... e aí se
explica o “padecer”. Nossa, como é trabalhoso.
Acredito piamente que crianças precisam de
limites para serem felizes. Criança que pode tudo, se frusta lá na frete, na
vida... e tenho certeza que de maneira muito mais dolorida.
Criança precisa entender que existem outras
pessoas no mundo e que, por isso, precisam e devem dividir. Devem respeitar o
limite do outro. Entender que o direito deles acabam onde começa o direito do
outro.
Eles precisam entender que o mundo
(infelizmente) não gira em torno deles e o que o centro do universo passa longe
de ser o umbigo deles... Eles precisam se frustrar e aprender a tolerar
frustrações.
Precisam compreender que muitas coisas
podem ser feitas e outras não. Que existem regras e que devem ser cumpridas.
Que devem respeitar os mais velhos. Que devem ajudar o próximo sempre que possível.
Eles precisam crescer sabendo o que é
necessidade e o que é desejo. Desejo a gente satisfaz quando dá e necessidade
precisa sempre ser sanada. Precisam ter privacidade mas, que para isso,
precisam se respeitar para ser respeitado.
Lendo isso percebo o quão é importante o
nosso exemplo. Não podemos cobrar se não fazemos. Se não mostramos.
Nenhum ensinamento é melhor do que o
exemplo. Dar limites não é uma questão de opção (apesar de alguns acreditarem
nisso).
Dar limites é dar amor.
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