sábado, 8 de junho de 2013

Episódio 4: A GENTE CHORA... E MUITO!

Ser mãe é sinônimo de medo, temor, amor, paixão, pânico, sofrimento, realização e todas as emoções mais intensas e loucas que cabem dentro de um ser humano.
Eu sempre fui muito chorona.
Antes de ser mãe, chorava quando tinha fome, quando caía, quando meu pai não deixava eu sair, quando brigava com o namorado... 
Hoje, olhando pra trás vejo que os motivos do meu choro eram tão pequenos, tão fáceis de resolver... tão simples.

Claro que toda fase que vivemos é sempre a mais difícil. Exatamente como vídeo game.
Mas, quando nasce uma mãe, nasce com ela a vontade de ser eterna. De viver para sempre. De proteger sempre.

Meu choro como mãe começou quando saí da maternidade com meu primeiro filho. No trajeto pra casa chorei.... De felicidade, de medo do desconhecido, de não ser capaz de criar uma outra pessoa. Chorei de insegurança.
Depois chorei com o primeiro dente, o primeiro tombo, o primeiro passo, a primeira palavra.
Chorei quando meu segundo filho nasceu, prematuro. De medo dele não superar, de ele não conseguir passar por aquilo... Chorei de felicidade por ele ter conseguido.
Chorei quando meus filhos se conheceram. Quando se viram pela primeira vez.

Nunca entendi aquelas mães que choravam quando o filho estava no palco dançando e cantando tudo errado. Pensava: “Meu Deus, o moleque tá fazendo tudo errado e essa tonta chorando...”. Chorei todas as vezes que meus filhos estavam no palco fazendo tudo errado. E até chorei quando eles choravam.
Chorei quando caiu o primeiro dente e me dei conta que o tempo passa rápido demais. Que quando vi, pronto, já tinha uma criança desdentada em casa. Chorei de medo desse tempo que passa rápido.
Chorei quando descobri que estava grávida pela terceira vez. De pânico. De pensar: “Como vou atravessar a rua com três crianças se só tenho dois braços???”. E depois, chorei porque descobri que era menina. Nesse dia, chorei demais. De emoção.
Choro todas às vezes que ouço um ‘eu te amo, mamãe’. 
Choro de raiva todas as vezes das birras. Choro de culpa. Choro de ódio.

Choro constantemente de orgulho. Daqueles que não cabe no peito. Choro vendo as atividades escolares e até choro nas reuniões. Choro quando acho que exagerei e choro quando acho que fui ‘mole’ demais.
Choro com cada carinho, toque, beijo.... Cada noite compartilhada, cada conquista alcançada, cada gol feito, cada dança junina... choro. Meu Deus, como choro.
Choro em ver meus pais e meus filhos. Meus avós e meus filhos.
O ciclo da vida me emociona....

Porque filhos são surpresas. São intensos. 
E você não será eterna, por mais que deseje. Eu sei disso. Você sabe disso. Todos sabemos.

Talvez por isso, eu chore. Porque sei disso.
E cada dia um novo acontecimento. Uma nova conquista.
Um novo crescimento...

Por isso, quando você acha que já chorou tudo o que tinha pra chorar, você vai perceber que ainda nem começou...





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