Antes de ficar grávida, já tinha certeza que não teria um
filho só. Sabia que não queria que meu filho não tivesse irmãos. Isso porque
minha experiência de vida me mostrou o quanto preciso das minhas tão amadas
irmãs.
Sou a terceira filha. Tenho duas irmãs mais velhas.
Portanto, desde que nasci tenho irmãs. Tenho amigas.
Claro que quando éramos pequenas, nem tudo eram flores.
Aliás, nem hoje.
Brigávamos pelos brinquedos, depois pelas roupas, depois até pelos meninos...
Mas, sempre aprendemos que irmãos são os melhores amigos.
Pra sempre. E colocamos isso em prática. Todos os dias.
Hoje, ainda discutimos, brigamos, nos irritamos... mas ‘ai’ de quem falar um A delas pra mim. Sou capaz de ‘voar na jugular’ do infeliz.
Minha irmã mais velha, desde que casou, mora longe e mesmo assim, parece ser
minha vizinha. Claro que a saudade dói demais, mas nos falamos tanto, ela se
faz tão presente na minha vida que às vezes até me esqueço da distância geográfica...incrível
né?
Nós somos companheiras, cúmplices, amigas e confidentes. E isso,
devo aos meus pais, que sempre nos ensinaram a nos respeitar e nos amar.
Hoje, luto para que meus filhos tenham, entre eles, essa
mesma intensidade de relacionamento.
Confesso que não é fácil.
Os meninos brigam como cães e gatos por espaço, por atenção,
por brinquedo... Brigam pelo suco, quem sobe a escada mais rápido, quem chega
primeiro, quem vai sentar no meio, quem vai comer mais, quem pega a irmã no
colo, pelo shampoo....
Meu Deus, como brigam!
Mas basta um não estar que o outro pergunta. E fica triste
pela ausência do irmão. Como entender? Como explicar?
Realmente a relação fraterna é muito esquisita.
E é tão esquisita quanto intensa. E linda. E profunda e
eterna.
Planto para que eles sejam companheiros de vida, de caminhada. Que cada um
construa sua própria família mas que mantenham o laço da infância.
Assim como nós.
Cibele e Karina, amo vocês ao infinito.
imagem: Pinterest |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Me diga o que achou?